sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Cena amante

A madrugada mágica
tal estrada de prata
No orvalho, descansa.

Descansam no abraço apertado,
da amizade de raro frasco.
Num pacto, no fato, lugar ao lado.
Vibrantes amantes descansam na cama de prata, mágica.
Na rara carruagem plácida,
quase nada.
Quase arte.

Na praça e a pá: trabalho e parto.
No pacto de fada,
De verdade alada,
De calma amada.
Quase um fato. Um jato.
Quase um mapa. Um traço.
Descansam no ato do aplauso.
No palco da praça, de graça.
Fato que é hiato e agrado.
Pacto afiado do abraço.
Ah! Rara amizade de raro frasco.
Amizade mágica,
na madrugada, descansa.
Nas palavras cortadas.
No quarto em pedaços.
Quase um frasco quebrado.
Quase um pacto de orvalho.

Quase uma palavra metade.
Na metade dos amantes
o laço estampado,
colado no falo,
gravado na alma.

A face em chama canta
E o canto é palavra cortada,
É pedaço do quarto
Jogado na lama.
É punhado de alma
Deixado de lado.
É migalha de orvalho,
Brilhando na cama.

Um comentário:

Nanete Neves disse...

Gosto da tua poesia, ela tem som, faz música. Beijão, querida.